Vida (Em) Comum (III)
1. As paredes têm caras
As paredes são mais que ouvidos. As paredes desta casa são olhos que me perseguem, que me falam “Olha quem é ela”; negam-me que os olhos são mudos enquanto entro pela porta da cozinha e vejo-me num chão onde reconheço azulejo a azulejo. Estas paredes têm boca. Várias bocas. Cordas vocais de cal. A calar a nossa história, a da minha família; a minha mãe, o Jorge, a quarta cadeira a norte da mesa, presente, a lembrar a ausência do meu pai. As paredes conhecem o meu pai. Verdade que o meu irmão tinha pouco mais de um ano de idade, e que me digam não é possível, mas também o Jorge conheceu o pai sentado, aqui, no norte da mesa da cozinha. O rosto do pai na altura diferente do de hoje – vinte e um anos passados podem não pesar mas marcam uma pele. Na pele. Uma voz em rouquidão permanente – agravada nos dias de hoje – sem necessidade dos berros à minha mãe, «Madalena, assim não dá», a distrai-la da cadeirinha onde o Jorge mutilava a cara com a colher encharcada em papas, «Madalena, tu estás a tirar-me do sério», e eu a tentar distrair-me também, fingindo que o almoço era esparguete à bolonhesa. Garfo e olhos espetados no prato. «Vou-me embora e não volto», gritou o meu pai, «Faz o que quiseres, o que quiseres», repetia a minha mãe sem alterar o tom em nenhuma palavra, e eu a encarnar uma personagem da estória do Capuchinho Vermelho, não o Capuchinho, o Lobo, um Lobo de cinco anos. A minha cara só olhos, abertos, incrivelmente abertos à procura de carne entre um emaranhado de fios de esparguete. Num daqueles momentos em que é preciso acreditar. Nem que fosse acreditar que o almoço era realmente esparguete à bolonhesa.
«Sílvia, acredita que a imagem que tenho do pai é uma parede a escorrer esparguete», justificou-me o Jorge, ontem, quando se recusou em acompanhar-me numa visita à casa nova do nosso pai – recentemente divorciado pela terceira vez – logo que sugeri «Podíamos lá ir e convidá-lo para o meu casamento». Foi como pedir ao Capuchinho Vermelho para levar meia dúzia de bolos na cesta, até à alcova do Lobo. «Faço minhas as palavras dele quando atirou com o prato à parede no dia em que saiu de casa: “Não tenho que aturar estas merdas!», disse o meu irmão, repetindo o meu pai.
2. Quem boa cama tiver, nela se hão-de deitar
«O teu quarto está como tu o deixaste», rematou a minha mãe baixinho, ao longe, esta tarde, enquanto eu premia no telemóvel o botão com o telefone vermelho. Avisei-a que queria cá vir, despedir-me da nossa casa, expliquei que «Numa despedida nunca estamos sós» quando ela perguntou «Sílvia, mas porque queres fazer isso sozinha?» Depois ouvi-a apenas respirar do outro lado da linha. E ficámos caladas por uns instantes eternos, até que matei o telefonema. Ficou-me o eco da frase do meu quarto na cabeça. A frase soou-me a “partida” que lembrou “despedida” que trouxe “saudade”. «O pior é a porra das saudades», confidenciava a Eunice ao meu irmão. A voz dela a tremer, uma voz que arrepiava. A minha prima e o Jorge estendidos na minha cama, sob este tecto onde colei estrelas fluorescentes, e eu do lado de fora do meu quarto. Com metade do olho a espreitá-los por uma nesga de abertura da porta, quando cá estive na noite de Natal. A perceber que este já não era o meu quarto, desde o dia em que fechei a porta cá de casa e abri a da casa do Francisco, decidida a vivermos juntos antes de casar, mesmo que a mãe dele, viúva, viva connosco e nos faça o pequeno-almoço, o almoço e o jantar, e prepare banhos de imersão e marque as nossas consultas no médico e nos trate como animais de estimação. «Tenho saudades mas continuo a não gostar que me tratem como um cão», disse a Eunice ao meu irmão nessa noite. «O André confirmou que vinha para o casamento da tua irmã e se ele disse que sim, pode vir de triciclo desde Barcelona que há-de chegar a Lisboa. Ele pode ser o meu primeiro, segundo, terceiro e quarto amor mas Jorge, tu melhor do que ninguém, conheces aquele casmurro.» O meu irmão riu-se e trincou o lábio numa expressão de profunda melancolia, num olho dele quase que juro ter visto dois rapazes a correr casa adentro seguidos da tia Eulália aos berros: «Esses dois atacaram-me o vidro da sala com a bola de futebol. Com tanta casa nesta cidade, tinham logo que viver um em frente ao outro!» No outro olho do meu irmão, vi-me na sala com um punhado de bonecas encharcadas. Nessa tarde, logo que a minha prima os viu, aquelas pernas se ergueram num ápice para ir ter com eles. A tia Eulália ajudou-me a limpar a água entornada da piscina da Barbie, por um pé desorientado da Eunice, enquanto gritava ainda, mas agora para a filha. «Eunice, tu livra-te de algum dia arranjares-me um genro desses!»
«No dia em que a tua irmã saiu de casa dei-lhe a minha resposta: “ André, não vou contigo para Barcelona”», continuou a Eunice, na minha cama, de nuca para o meu irmão – e a voz arrancava aos solavancos –, «Depois o André questionou se o problema era não assumirmos a relação. “Eunice, queres namorar comigo?”, perguntou-me ele sem evitar o riso que me contagiou naquela cena retirada de um filme adolescente. “O importante não é uma definição para os outros mas para a minha cabeça. Gosto de ti”, admiti-lhe, “aliás, gosto de bifes com batatas fritas e a comida não me faz adormecer a pensar nela, nem logo que o cérebro acorda desperto com ela na cabeça como acontece contigo. Mas falta a essência”, disse-lhe de murro no estômago, “Para partilhar a superficialidade da vida compro um cão. O problema é que não nasci cadela”» A Eunice sempre viveu a vida a cru, pensei eu atrás da porta, sem que nenhum dos dois desconfiasse de um par de ouvidos a mais entre a conversa. «Jorge, sou diferente da tua irmã. Ao contrário da Sílvia não vivo em mundos cor-de-rosa», continuou a minha prima. «Se vives a preto e branco, não sonhas», disse-lhe o meu irmão. «Primo, a maioria dos sonhos são a preto e branco.»
3. Quem não casa, também quer casa
Sento-me na sanita e penso; gosto do Francisco e vou-me casar com ele – ponto. Gosto e jamais lhe disse ou direi “Por ti sofri, rasguei as veias plenas”, como escreveu o Lorca. Se pudesse eliminava a mãe dele do nosso cenário, mas a D. Beatriz de Castro d’Almeida veio no pack, como uma promoção de um hipermercado, daquelas em que só queremos o frasco grande e aparece-nos outro, não importante para os nossos objectivos, mais pequeno, mas que pesa no saco de compras. Por vezes a minha futura sogra diverte-me. «Sabes porque é que eles colocam as garrafas de água nesta secção do hipermercado? Porque se estivessem no princípio, as pessoas enchiam praticamente todo o carrinho de compras e compravam menos coisas. Percebes, Silvie?». Detesto que ela me trate por “Silvie”; sinto-me como uma boneca de segunda categoria, como havia a Susy que nunca chegou aos pés da Barbie, como uma daquelas cantoras que aparecem nos programas televisivos da manhã e da tarde, com roupas que nem às traças interessam, que até podem ter como nome Sílvia ou Susana mas são sempre apresentadas como Susy ou Silvie, até que o playback acabe e nunca mais se ouça falar delas. Por vezes, a D. Beatriz assusta-me mas até nesses momentos continuo a detestar que ela me trate por “Silvie”. «Silvie, num restaurante ou num bar, trinca sempre a rodela de limão da tua bebida. É que eles costumam reutilizar as rodelas que colocam nos copos. Ao menos o teu limão não vai para o copo de ninguém, percebes?» Com o andar do tempo, começo a desconfiar que a mulher é um pouco maluca; “Eles colocam as garrafas”, “Eles reutilizam rodelas de limão”, “Eles”; essa entidade que não engana alguém com o nome Beatriz de Castro d’Almeida, afirmo eu, enquanto puxo o autoclismo.
4. Tudo está bem, até quando não está
Tranco a porta principal cá de casa. Um batido de ansiedade, tristeza, melancolia, a chocalhar dentro do estômago. E ainda a fermentar uma pitada de saudade. «O pior é a porra das saudades», repete-me a Eunice, monocordicamente, dentro da minha cabeça. Enquanto atravesso o jardim, pisco os olhos e silencio o cérebro, e observo o André em frente, a sair da porta verde da sua casa. É claro que ele ali está porque é o melhor amigo do Jorge e nunca deixou de ser nosso vizinho. Finjo que ele ainda tem sete anos e levanta os dedos porque vai assobiar para aparecer o meu irmão à janela. Finjo que amanhã o meu padrinho de casamento não é parecido com este rapazinho, que amanhã há-de ter vinte e quatro anos. Finjo que não o vejo com um aceno na mão, a partir-se na minha direcção, que não ouço o eco “tu já não moras aqui”, lá de dentro da casa, “tu já não moras aqui”, que não tenho vontade de gritar, que não é sal o que lambo com a língua. Finjo que as lágrimas são alegria porque ao contrário dos olhos, as lágrimas são mudas. Aceno de volta e chamo André e finjo que está tudo bem. Num daqueles momentos em que é preciso acreditar. Nem que seja acreditar que realmente está tudo bem.
As paredes são mais que ouvidos. As paredes desta casa são olhos que me perseguem, que me falam “Olha quem é ela”; negam-me que os olhos são mudos enquanto entro pela porta da cozinha e vejo-me num chão onde reconheço azulejo a azulejo. Estas paredes têm boca. Várias bocas. Cordas vocais de cal. A calar a nossa história, a da minha família; a minha mãe, o Jorge, a quarta cadeira a norte da mesa, presente, a lembrar a ausência do meu pai. As paredes conhecem o meu pai. Verdade que o meu irmão tinha pouco mais de um ano de idade, e que me digam não é possível, mas também o Jorge conheceu o pai sentado, aqui, no norte da mesa da cozinha. O rosto do pai na altura diferente do de hoje – vinte e um anos passados podem não pesar mas marcam uma pele. Na pele. Uma voz em rouquidão permanente – agravada nos dias de hoje – sem necessidade dos berros à minha mãe, «Madalena, assim não dá», a distrai-la da cadeirinha onde o Jorge mutilava a cara com a colher encharcada em papas, «Madalena, tu estás a tirar-me do sério», e eu a tentar distrair-me também, fingindo que o almoço era esparguete à bolonhesa. Garfo e olhos espetados no prato. «Vou-me embora e não volto», gritou o meu pai, «Faz o que quiseres, o que quiseres», repetia a minha mãe sem alterar o tom em nenhuma palavra, e eu a encarnar uma personagem da estória do Capuchinho Vermelho, não o Capuchinho, o Lobo, um Lobo de cinco anos. A minha cara só olhos, abertos, incrivelmente abertos à procura de carne entre um emaranhado de fios de esparguete. Num daqueles momentos em que é preciso acreditar. Nem que fosse acreditar que o almoço era realmente esparguete à bolonhesa.
«Sílvia, acredita que a imagem que tenho do pai é uma parede a escorrer esparguete», justificou-me o Jorge, ontem, quando se recusou em acompanhar-me numa visita à casa nova do nosso pai – recentemente divorciado pela terceira vez – logo que sugeri «Podíamos lá ir e convidá-lo para o meu casamento». Foi como pedir ao Capuchinho Vermelho para levar meia dúzia de bolos na cesta, até à alcova do Lobo. «Faço minhas as palavras dele quando atirou com o prato à parede no dia em que saiu de casa: “Não tenho que aturar estas merdas!», disse o meu irmão, repetindo o meu pai.
2. Quem boa cama tiver, nela se hão-de deitar
«O teu quarto está como tu o deixaste», rematou a minha mãe baixinho, ao longe, esta tarde, enquanto eu premia no telemóvel o botão com o telefone vermelho. Avisei-a que queria cá vir, despedir-me da nossa casa, expliquei que «Numa despedida nunca estamos sós» quando ela perguntou «Sílvia, mas porque queres fazer isso sozinha?» Depois ouvi-a apenas respirar do outro lado da linha. E ficámos caladas por uns instantes eternos, até que matei o telefonema. Ficou-me o eco da frase do meu quarto na cabeça. A frase soou-me a “partida” que lembrou “despedida” que trouxe “saudade”. «O pior é a porra das saudades», confidenciava a Eunice ao meu irmão. A voz dela a tremer, uma voz que arrepiava. A minha prima e o Jorge estendidos na minha cama, sob este tecto onde colei estrelas fluorescentes, e eu do lado de fora do meu quarto. Com metade do olho a espreitá-los por uma nesga de abertura da porta, quando cá estive na noite de Natal. A perceber que este já não era o meu quarto, desde o dia em que fechei a porta cá de casa e abri a da casa do Francisco, decidida a vivermos juntos antes de casar, mesmo que a mãe dele, viúva, viva connosco e nos faça o pequeno-almoço, o almoço e o jantar, e prepare banhos de imersão e marque as nossas consultas no médico e nos trate como animais de estimação. «Tenho saudades mas continuo a não gostar que me tratem como um cão», disse a Eunice ao meu irmão nessa noite. «O André confirmou que vinha para o casamento da tua irmã e se ele disse que sim, pode vir de triciclo desde Barcelona que há-de chegar a Lisboa. Ele pode ser o meu primeiro, segundo, terceiro e quarto amor mas Jorge, tu melhor do que ninguém, conheces aquele casmurro.» O meu irmão riu-se e trincou o lábio numa expressão de profunda melancolia, num olho dele quase que juro ter visto dois rapazes a correr casa adentro seguidos da tia Eulália aos berros: «Esses dois atacaram-me o vidro da sala com a bola de futebol. Com tanta casa nesta cidade, tinham logo que viver um em frente ao outro!» No outro olho do meu irmão, vi-me na sala com um punhado de bonecas encharcadas. Nessa tarde, logo que a minha prima os viu, aquelas pernas se ergueram num ápice para ir ter com eles. A tia Eulália ajudou-me a limpar a água entornada da piscina da Barbie, por um pé desorientado da Eunice, enquanto gritava ainda, mas agora para a filha. «Eunice, tu livra-te de algum dia arranjares-me um genro desses!»
«No dia em que a tua irmã saiu de casa dei-lhe a minha resposta: “ André, não vou contigo para Barcelona”», continuou a Eunice, na minha cama, de nuca para o meu irmão – e a voz arrancava aos solavancos –, «Depois o André questionou se o problema era não assumirmos a relação. “Eunice, queres namorar comigo?”, perguntou-me ele sem evitar o riso que me contagiou naquela cena retirada de um filme adolescente. “O importante não é uma definição para os outros mas para a minha cabeça. Gosto de ti”, admiti-lhe, “aliás, gosto de bifes com batatas fritas e a comida não me faz adormecer a pensar nela, nem logo que o cérebro acorda desperto com ela na cabeça como acontece contigo. Mas falta a essência”, disse-lhe de murro no estômago, “Para partilhar a superficialidade da vida compro um cão. O problema é que não nasci cadela”» A Eunice sempre viveu a vida a cru, pensei eu atrás da porta, sem que nenhum dos dois desconfiasse de um par de ouvidos a mais entre a conversa. «Jorge, sou diferente da tua irmã. Ao contrário da Sílvia não vivo em mundos cor-de-rosa», continuou a minha prima. «Se vives a preto e branco, não sonhas», disse-lhe o meu irmão. «Primo, a maioria dos sonhos são a preto e branco.»
3. Quem não casa, também quer casa
Sento-me na sanita e penso; gosto do Francisco e vou-me casar com ele – ponto. Gosto e jamais lhe disse ou direi “Por ti sofri, rasguei as veias plenas”, como escreveu o Lorca. Se pudesse eliminava a mãe dele do nosso cenário, mas a D. Beatriz de Castro d’Almeida veio no pack, como uma promoção de um hipermercado, daquelas em que só queremos o frasco grande e aparece-nos outro, não importante para os nossos objectivos, mais pequeno, mas que pesa no saco de compras. Por vezes a minha futura sogra diverte-me. «Sabes porque é que eles colocam as garrafas de água nesta secção do hipermercado? Porque se estivessem no princípio, as pessoas enchiam praticamente todo o carrinho de compras e compravam menos coisas. Percebes, Silvie?». Detesto que ela me trate por “Silvie”; sinto-me como uma boneca de segunda categoria, como havia a Susy que nunca chegou aos pés da Barbie, como uma daquelas cantoras que aparecem nos programas televisivos da manhã e da tarde, com roupas que nem às traças interessam, que até podem ter como nome Sílvia ou Susana mas são sempre apresentadas como Susy ou Silvie, até que o playback acabe e nunca mais se ouça falar delas. Por vezes, a D. Beatriz assusta-me mas até nesses momentos continuo a detestar que ela me trate por “Silvie”. «Silvie, num restaurante ou num bar, trinca sempre a rodela de limão da tua bebida. É que eles costumam reutilizar as rodelas que colocam nos copos. Ao menos o teu limão não vai para o copo de ninguém, percebes?» Com o andar do tempo, começo a desconfiar que a mulher é um pouco maluca; “Eles colocam as garrafas”, “Eles reutilizam rodelas de limão”, “Eles”; essa entidade que não engana alguém com o nome Beatriz de Castro d’Almeida, afirmo eu, enquanto puxo o autoclismo.
4. Tudo está bem, até quando não está
Tranco a porta principal cá de casa. Um batido de ansiedade, tristeza, melancolia, a chocalhar dentro do estômago. E ainda a fermentar uma pitada de saudade. «O pior é a porra das saudades», repete-me a Eunice, monocordicamente, dentro da minha cabeça. Enquanto atravesso o jardim, pisco os olhos e silencio o cérebro, e observo o André em frente, a sair da porta verde da sua casa. É claro que ele ali está porque é o melhor amigo do Jorge e nunca deixou de ser nosso vizinho. Finjo que ele ainda tem sete anos e levanta os dedos porque vai assobiar para aparecer o meu irmão à janela. Finjo que amanhã o meu padrinho de casamento não é parecido com este rapazinho, que amanhã há-de ter vinte e quatro anos. Finjo que não o vejo com um aceno na mão, a partir-se na minha direcção, que não ouço o eco “tu já não moras aqui”, lá de dentro da casa, “tu já não moras aqui”, que não tenho vontade de gritar, que não é sal o que lambo com a língua. Finjo que as lágrimas são alegria porque ao contrário dos olhos, as lágrimas são mudas. Aceno de volta e chamo André e finjo que está tudo bem. Num daqueles momentos em que é preciso acreditar. Nem que seja acreditar que realmente está tudo bem.
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