domingo, março 25, 2007

AINDA BEM QUE NÃO MORREU

Quando chegar, se chegarmos os dois será à pressa. Sem Ois. Talvez Ui. Talvez Ah mas sem A de abraços. Que foi dos braços. Que são dedos. Uma única pele. Quando chegar, se chegarmos à banheira será húmido e depois então fazemos bolas de sabão. Quando chegares não terás nada a dizer, eu também sem palavras e isso é tão bom. Não me quereres ouvir. Não te apago a luz. Não aquecerás as mãos. Só uma sucessão de Nãos sem fim, dos Não que são Sim, dos quase mudos, mastigados. Do Sim que é um Não chiado. Dois perdidos numa inspiração. Num lençol com cheiro a sono se chegarmos os dois a uma cama, na pressa de fazer Amor. Do fodido. Amor fodido. Do que é tão bom.
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